quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O PERIGO DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS E OUTRAS DROGAS.

A combinação álcool e outras drogas resultam em diversos perigos para a saúde, como o aumento de danos cerebrais
A combinação álcool e outras drogas resultam em diversos perigos para a saúde como o aumento de danos cerebrais, riscos ao fígado, exposição sexual de risco, além, claro, da violência. O Brasil lidera a lista de países com o maior número de acidentes de trânsito do mundo, com um milhão por ano, resultando em 300 mil vítimas. O principal fator para este número é a relação álcool e direção.

"52% dos brasileiros bebem e aproximadamente 24% bebem de forma preocupante. O uso do álcool está associado claramente a acidentes e violência interpessoal. Nenhuma outra droga produz quadro tão amplo e significativo", afirma o Dr. Carlos Salgado, psiquiatra do Hospital Mãe de Deus de Porto Alegre e conselheiro da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD).

Tabaco e álcool são as drogas mais consumidas no Brasil, seguido por medicamentos e maconha. "É importante reforçar que as drogas mais importantes para prevenção e tratamento ainda são o tabaco e o álcool e que cabe também aos pais a tarefa de dizer não ao uso de tabaco e álcool por menores", revela.

Em muitos casos, o uso precoce, a disponibilidade, o fácil acesso as drogas, a negligência de pais e autoridades são fatores que se associam a dependência dos usuários. Esta dependência gera alterações no comportamento dos usuários. "Mudanças na conduta, humor, indisposição para estudo e trabalho, abandono de atividades habitualmente prazerosas, entre outros. Urgência do uso ou fissura é outro sintoma de dependência", completa.

Para o tratamento destes vícios, o auxílio da família é fundamental para um final feliz. "Mais do que no tratamento, a família também tem importância na prevenção. Um tratamento para dependentes químicos com participação da família tem chance muito maior de sucesso" conclui.


fonte: Bondenews
www.guiadigital.info

sábado, 18 de fevereiro de 2012

DROGAS DE LABORATÓRIOS



DEFINIÇÃO DAS DROGAS SINTETICAS
Perturbadores ou Alucinógenos sintéticos são substâncias fabricadas (sintetizadas) em laboratório, não sendo, portanto, de origem natural, e que são capazes de promover alucinações no ser humano. Vale a pena recordar um pouco o significado de alucinação: "é uma percepção sem objeto".
Isto significa que, mesmo sem ter um estímulo (objeto) a pessoa pode sentir ver, ouvir. Como exemplo, se uma pessoa ouve uma sirene tocando e há mesmo uma sirene perto, esta pessoa está normal; agora se ela ouve a sirene e não existe nenhuma tocando, então a pessoa está alucinando ou tendo uma alucinação auditiva. Da mesma maneira, sob a ação de uma droga alucinógena ela pode ver um animal na sala (por exemplo, um elefante) sem que, logicamente, exista o elefante; ou seja, a pessoa está tendo uma alucinação visual.
LSD-25
O LSD-25 (abreviação de dietilamina do ácido lisérgico) é, talvez, a mais potente droga alucinógena existente. É utilizado habitualmente por via oral, embora possa ser misturado ocasionalmente com tabaco e fumado. Algumas microgramas (e micrograma é um milésimo de uma miligrama que, por sua vez, é um milésimo de um grama) já são suficientes para produzir alucinações no ser humano.

ÊXTASE
O MDMA (MetilenoDioxoMetAnfetamina), conhecido popularmente como ÊXTASE foi sintetizado e patenteado por Merck em 1914, inicialmente como moderador de apetite. É uma droga de uso relativamente recente e esporádico no Brasil. Além de seu efeito alucinógeno, caracterizado por alterações na percepção do tempo, diminuição da sensação de medo, ataques de pânico, psicoses e alucinações visuais, provoca efeitos estimulantes como o aumento da freqüência cardíaca, da pressão arterial, boca seca, náusea, sudorese e euforia.
Em resumo o MDMA é a droga que, além de produzir alucinações, pode também produzir um estado de excitação, o que é duplamente perigoso. Dado que este produto é ainda pouco usado no nosso meio (e seus efeitos! psíquicos não diferem muito dos do LSD) ele não mais será mencionado nesta matéria.

EFEITOS NO CÉREBRO PRVOCADO POR ESTAS DROGAS
O LSD-25 atua produzindo uma série de distorções no funcionamento do cérebro, trazendo como conseqüência uma variada gama de alterações psíquicas.
A experiência subjetiva com o LSD-25 e outros alucinógenos depende da personalidade do usuário, suas expectativas quanto ao uso da droga e o ambiente onde ela é ingerida. Enquanto alguns indivíduos experimentam um estado de excitação e atividade, outros tornam-se quietos e passivos. Sentimentos de euforia e excitação ("boa viagem") alternam-se com episódios de depressão, ilusões assustadoras e sensação de pânico ("má viagem"; bode).
LSD-25 é capaz de produzir distorções na percepção do ambiente --- cores, formas e contornos alterados, além de sinestesias, ou seja, estímulos olfativos e táteis parecem visíveis e cores podem ser ouvidas.
Outro aspecto que caracteriza a ação do LSD-25 no cérebro refere-se aos delírios. Estes são o que chamamos: "juízos falsos da realidade", isto é, há uma realidade, um fato qualquer, mas a pessoa delirante não é capaz de avaliá-la corretamente. Os delírios causados pelo LSD costumam ser de natureza persecutória ou de grandiosidade.

EFEITOS NO RESTO DO ORGANISMO
O LSD-25 tem poucos efeitos no resto do corpo. Logo de início, 10 a 20 minutos após tomá-lo, o pulso pode ficar mais rápido, as pupilas podem ficar dilatadas, além de ocorrer sudoração e a pessoa sentir-se com uma certa excitação. Muito raramente tem sido descritos casos de convulsão. Mesmo doses muitos grandes do LSD não chegam a intoxicar seriamente uma pessoa, do ponto de vista físico.
EFEITOS TÓXICOS
O perigo do LSD-25 não está tanto na sua toxicidade para o organismo mas sim no fato de que, pela perturbação psíquica, há perda da habilidade de perceber e avaliar situações comuns de perigo. Isto ocorre, por exemplo, quando a pessoa com delírio de grandiosidade julga-se com capacidades ou forças extraordinárias, sendo capaz de, por exemplo: voar, atirando-se de janelas; com força mental suficiente para parar um carro numa estrada, ficando na frente do mesmo; andar sobre as águas, avançando mar a dentro.
Há também descrições de casos de comportamento violento, gerado principalmente por delírios persecutórios como, por exemplo: o drogado atacar dois amigos (ou até pessoas estranhas) por julgar que ambos estão tramando contra ele.
Ainda no campo dos efeitos tóxicos, há também descrições de pessoas que após tomarem o LSD-25 passaram a apresentar por longos períodos (o maior que se conhece é de dois anos) de ansiedade muito grande, depressão ou mesmo acessos psicóticos. O flashback é uma variante deste efeito a longo prazo: semanas ou até meses após uma experiência com LSD, a pessoa repentinamente passa a ter todos os sintomas psíquicos daquela experiência anterior e isto sem ter tomado de novo a droga. O flashback é geralmente uma vivência psíquica muito dolorosa pois a pessoa não estava procurando ou esperando ter aqueles sintomas, e assim os mesmos acabam por aparecer em momentos bastante impróprios, sem que ela saiba porque, podendo até pensar que está ficando louca.
CURIOSIDADE SOBRE O LSD-25
O efeito alucinógeno do LSD-25 foi descoberto em 1943 pelo cientista suíço Hoffman, por acaso, ao aspirar pequeníssima quantidade de pó num descuido de laboratório. Eis o que ele descreveu: "Os objetos e o aspecto dos meus colegas de laboratório pareciam sofrer mudanças ópticas. Não conseguindo me concentrar em meu trabalho, num estado de sonambulismo, fui para casa, onde! uma vontade irresistível de me deitar apoderou-se de mim. Fechei as cortinas do quarto e imediatamente caí em um estado mental peculiar semelhante à embriaguez, mas caracterizado por imaginação exagerada.
Com os olhos fechados, figuras fantásticas de extraordinária plasticidade e coloração surgiram diante de meus olhos". O seu relato detalhado das experiências alucinatórias levou a uma intensa pesquisa desta classe de substâncias, culminando, nas décadas de 50 e 60, no seu uso psiquiátrico, embora com resultados pouco satisfatórios.
Este texto foi elaborado pela equipe do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID). Os textos originais estão disponíveis no site http://www.cebrid.epm.br/.